A filosofia de Death Note

A Filosofia de Death Note

➤ Introdução.
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Bem-vindos, caríssimos leitores, como estão? Sinceramente, eu espero que estejam às mil maravilhas, pois possuem motivos para isso. Não acreditam em mim? Okay, isso é justificável, mas eu afirmo tal coisa por um único motivo, o qual considero inegável: estar vivo(a) é ótimo! Já imaginou se existisse algum tipo de entidade com habilidades sobrenaturais matando humanos por motivos dúvidosos e, em certas ocasiões, sem qualquer motivação? Pois isso é exatamente sobre o que irei falar ao longo desse blog, bem, isso e mais algumas coisas que vêm anexadas a esse assunto, como questões filosóficas. Ficaram curiosos(as)? Ótimo, então, vamos começar!
➤ Filosofia - o que é?
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Sendo uma das áreas de estudo mais importantes da sociedade moderna, a filosofia sempre foi muito relevante no ensino, pelo fato de ser bastante antiga, as suas origens vêm dos gregos. Pelo nosso conhecimento, na atualidade, isso se deve ao significado da palavra, o qual vem do grego, algo que significaria "amor à sabedoria". A filosofia consiste em tentar resolver várias questões relacionadas às bases da nossa existência, por exemplo, conflitos morais ou, até mesmo, o sentido da vida. Todas essas questões sem uma resposta fixa e de consentimento geral da sociedade são aquilo que os filósofos tentam responder no percurso da sua vida. Analisando esses aspetos da filosofia, podemos dizer que as indagações nunca terão um resultado específico, pois se tratam de várias tentativas de responder questões sem respostas concretas, ou seja, as perguntas mais desafiadoras já feitas, acima de qualquer cálculo matemático.
➤ Death Note.
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Death Note é uma obra criada por Tsugumi Ohba, tendo sido publicada, originalmente, em versão mangá no ano de 2003, que foi posteriormente adaptada para um anime com 37 episódios, em 2006. A obra segue com Light Yagami, um jovem estudante completamente normal, porém, em um dia monótono da sua vida escolar, presencia uma situação extremamente inquietante: a queda de um misterioso caderno vindo do céu; tal coisa suscitou tanta curiosidade em Light que o indivíduo decidiu levar esse objeto consigo e descobrir mais sobre ele. Ao abrir a capa do caderno e ler o seu conteúdo, Yagami lê algo inacreditável, esse item possuía poderes sobrenaturais; a pessoa cujo nome fosse escrito no Death Note morreria em 40 segundos, se não fossem especificados detalhes situacionais da sua morte. Após testar e presenciar a eficiência de tal item, Light decide utilizá-lo para eliminar os criminosos da face da Terra, acabando com o crime e se tornando o Deus do Novo Mundo. Tal conjunto de ações despertou o interesse das agências policiais e de serviços secretos, que, por sua vez, requisitaram o apoio do maior detetive que esse mundo já viu: L. Assim, começa um confronto de intelectos e ideais.
➤ O bem e o mal.
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Ao longo da nossa experiência com essa história, fica claro que o verdadeiro confronto presente na obra é aquele velho dilema: bem e mal, mas qual é a diferença? Em muitas situações, não sabemos distinguir ambos, por esse motivo, tal assunto claramente se encaixa no âmbito de ação da filosofia, afinal, filósofos tentam responder essa questão extremamente complicada há centenas de anos, todavia, podemos considerá-la uma pergunta sem qualquer resposta definitiva, sendo ela derivada da opinião pessoal de cada indivíduo. Como podemos identificar com muita facilidade, esse tema é posto em causa em relação a condenação de criminosos, prisão é suficiente ou seria mais certo executar todos aqueles que cometem crimes? Dois lados opostos se enfrentam com o desenvolvimento do enredo, tal questão nunca tem uma resposta certa, ou seja, na qual todos concordem; sendo esse um assunto de natureza filosófica.
➤ Duas visões diferentes da sociedade.
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Assim como foi citado por minha pessoa anteriormente, essa obra retrata uma questão filosófica que se divide em duas respostas, dois lados com opiniões em relação a esse tema completamente opostas. Por um ângulo, temos o ponto de vista do maior detetive que esse mundo (fictício) já viu: L. Do outro, a visão de Light Yagami, um jovem estudante considerado brilhante por ter notas praticamente perfeitas. Podemos considerar isso um debate filosófico entre dois gênios, além do confronto intelectual, mas que se baseia na divergência de opiniões entre ambos, embora L esteja correto em termos de lei; bem, nem tanto, porém, esse é um tema que será falado em outro blog. A obra também nos faz refletir sobre, afinal, qual dos lados está certo? Quem é o vilão nessa história? As respostas para essas duas perguntas cabem apenas a vocês, caríssimos leitores, que ditem.
➤ Os criminosos e as condenações.
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Assim como é do conhecimento de todos os membros da sociedade moderna, um crime é, básicamente, uma ação considerada repulsiva na cultura em questão, portanto, uma quebra de alguma das imposições constitucionais não pode ser, de jeito nenhum, tolerada, visto que a justiça entra em ação, decidindo em tribunais o futuro do infrator que, devido a possuir direitos humanos, no caso de viver em um país desenvolvido, tem direito a um advogado, embora seja necessário um pagamento por parte do indivíduo colocado em julgamento. Uma condenação apenas deverá ser aplicada se existirem provas concretas de que o arguido de fato cometeu o crime pelo qual está sendo julgado, por esse motivo, muitos julgamentos são adiados durante longos períodos e, para evitar qualquer fuga ou ato criminoso recorrente, muitas vezes, o tribunal faz um acordo com o seu advogado para colocar condições sobre a sua liberdade, evitando o pagamento de uma multa ou até mesmo a prisão preventiva, quando um indivíduo deve ser preso temporariamente para prevenir situações perigosas realizadas por si. Existem várias condenações e, dependendo do país, podem divergir, assim como é possível que existam leis e meios diferentes, entre outros.
➤ Que lado tem razão?
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Agora, a pergunta que todo o mundo faz a si próprio enquanto acompanha essa história ou até mesmo após: que lado tem razão? Tal questão, assim como mencionei anteriormente, é muito inconstante, visto que não é fácil chegar a uma resposta conclusiva e de concordância da maioria. Porém, como um dos meus principais objetivos nesse blog é responder essa questão utilizando argumentos justificados e de qualidade, vou apresentar a minha resposta. Bem, podemos observar com um grau de facilidade muito elevado que ambos os lados têm seus ideais completamente divergentes um do outro, o que é normal, devido a possuírem estilos de vida completamente diferentes. Recolhendo essas informações, posso afirmar algo abordado na obra: Kira (Light Yagami) tem a razão, do ponto de vista das massas populacionais, pois vemos um grande apoio por parte do povo em relação as suas ações, chegando a serem criados websites com fins de espalhar os ideais desse utilizador do Death Note.
1 ponto para o Kira.
Por outro lado, temos um detetive considerado genial e todo o sistema policial de agências secretas e jurídico, os quais, segundo as leis existentes nesse mundo fictício, estão corretos, em termos de ideais, claro, mas, como é possível ver através das reações de grande parte dos civis, a lei perdeu seu sentido e a sua principal característica: a justiça final. Os criminosos escapavam das suas devidas punições e, consequentemente, repetiam essas ações ilegais que eram consideradas erradas. Tal falha no sistema causou muito descontentamento das massas populacionais em relação à polícia, o que leva a uma desvalorização das leis, porém, por não serem completamente abulidas, ainda se encontram em vigor, o que dá razão a L.
1 ponto para o L.
Os métodos do Kira para conseguir concluir os seus fins são de extrema violência, porém, apenas quando é necessária para enviar uma mensagem aos seus inimigos, pois, geralmente, Light faz uso da 4ª regra do Death Note, que dita o seguinte: "Se a causa da morte não for especificada, a pessoa simplesmente morrerá com um ataque cardíaco."; tal coisa pode ser considerada piedosa por parte desse jovem assassino, afinal, essa morte é rápida. Tendo dito tudo isso, o assassinato de milhares de seres humanos não pode passar despercebido, portanto, terei que tirar um ponto do Yagami.
-1 ponto para o L.
Para conseguir o que queria, L fez uso de vários meios consideravelmente violentos diversas vezes, tais como sequestro, tortura, interrogatórios não autorizados que violam o espaço pessoal, os direitos humanos do indivíduo em questão, entre outros, porém, se comparado ao Kira, esse grande detetive foi pouco violento na maneira como fazia as coisas, o que era lógico, devido a sua ligação com a polícia. Embora, claramente, tenha cometido vários crimes muito graves no processo, L estava investigando o caso Kira que, por ser de extrema dificuldade e exposição, torna-se muito assustador para a maioria dos investigadores, acabando com a demissão ou morte de um número muito elevado de envolvidos no caso. Tendo todos esses dados em conta, decidi tirar esse ponto a L, pois os seus meios, embora tenham objetivos nobres, são de extrema violência e quebram diversas leis, perdendo o sentido de justiça.
-1 ponto para o L.
Os resultados obtidos por Light com as suas ações como Kira foram muito positivos, em termos estatísticos, ficando tão bons quanto ele havia previsto; todos os crimes baixaram consideravelmente (cerca de 100%), as penitenciárias em todo o planeta, principalmente no Japão, ficaram praticamente vazias, todos aqueles indivíduos que pensassem em cometer qualquer tipo de atividade criminosa ficavam com medo dessa entidade que os estaria eliminando um a um, desistindo da ideia. As pessoas começaram a temer Kira, respeitando umas as outras e sendo membros produtivos/úteis da sociedade, exemplares, portanto. Tais mudanças causaram o fim do terrorismo, assim como a paz mundial; um mundo onde todos são da forma que deviam ser: educados, civilizados e produtivos, esse foi o legado de Kira. Juntando todos estes fatos mencionados aqui, penso que podemos concordar em algo: as ações de Light foram essenciais para praticamente erradicar o crime do mundo, mesmo com meios não tão corretos (do ponto de vista político).
➤ Opinião pessoal.
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Bem, para começar, eu não tenho um lado distinto nessa história, penso que ambos os lados têm razão e, ao mesmo tempo, não a possuem; acho Light e L personagens geniais os quais não podem ser considerados mentalmente insanos, porém, simultaneamente, realizam certas ações muito duvidosas, chegando a me fazer refletir sobre e pensar: "Será que ele realmente é um ser humano mentalmente estável?", afinal, esses dois homens não parecem ter limites quando é necessário chegar a seus objetivos, com exceção, é claro, das limitações impostas pelos seus ideais. Na minha humilde opinião como autor desse blog, eu penso que, apesar de tudo, Light está certo, pois as suas ações, embora tenham sido muito violentas e cruéis, tiveram resultados ótimos para a sociedade do universo fictício em questão, sendo mais significativas do que as de L ou até mesmo dos milhares de policiais e militares trabalhando uma vida inteira para diminuir o crime no mundo, e isso é algo a se levar em consideração. O outro principal motivo para essa escolha foi o fato já mencionado diversas vezes anteriormente: L cometeu inúmeros crimes durante a sua investigação do caso Kira, entre eles a violação da privacidade e do espaço pessoal, assédio e sequestro, portanto, esse detetive perdeu a razão em defender a lei.
➤ Conclusão.
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Após a leitura desse blog, podemos afirmar que Death Note é muito mais do que aparenta, sendo uma obra extremamente profunda, chegando a envolver certas questões filosóficas, as quais existem até nos dias de hoje e estão por responder há centenas de anos, são temas muito debatidos, mas que nunca têm um consenso comum como resultado. Por possuir tal densidade no seu enredo, podemos observar que tudo foi muito bem pensado e criado para se assemelhar ao nosso mundo em termos de leis, opiniões, sociedade etc. Dito isto, para vocês:
Quem vocês acham que está certo?

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